Fiz esse blog com a intenção de deixar o registro da minha saga em me livrar dos quilos mortais que me acompanharam a vida inteira. Espero que sirva de exemplo, de fonte de informação ou qualquer outra coisa positiva pra quem quer que seja. Aqui estarão os momentos pelos quais passarei nessa longa jornada rumo à saída desse casulo pesado que me prendeu a vida inteira.
Pois bem, como não comecei a escrever no dia ou antes de cirurgia, começo hoje, já no quinto dia de gastroplastizada.
Depois de muitos dias esperando ansiosamente chegar o dia, finalmente era dia de ir entrar na faca!!Meu marido e eu levantamos às 5:30h, pois resolvemos que iríamos de ônibus ao hospital. Tomei meu banho, me arrumei e saímos. Chegamos lá às 7:00h, já com meia hora de atraso da que me mandaram chegar lá. Fui admitida em alguns poucos minutos e logo ligaram do centro cirúrgico pedindo pra me levarem logo. Chegando lá, meu marido auxiliou na retirada da roupa, e vesti a bata que fica-se com o bunda de fora.
Sempre me pergunto: pra quê fazem as batas com a abertura pra frente, se NUNCA as vestimos dessa forma??? Continuando
Fui andando pra sala de cirurgia e lá estavam a enfermeira, Ana Paula(um anjo) que trabalha junto com meu médico, Dr. Everardo Nunes, e toda a equipe que partciparia do procedimento. Deitei na mesa, o dr. e a Ana calçaram em mim as meias anti-trombo e o anestesista veio ver meu braço. Eles riam, como se fosse a coisa mais natural do mundo o que estavam prestes a fazer...eu, pra espantar o nervosismo, também entrei na brincadeira. Feito o acesso venoso por minha mão, o dr. Everardo disse que ficaria tudo bem, passou a mão na minha cabeça e eu apaguei. Se sonhei, também não sei. Quando acordei, por volta de onze horas, sentia muita dor, gemi um bocado, disseram pra eu não falar, perguntaram a intensidade de 0 a 10 da dor que eu sentia, nem precisei responder e fizeram a aplicação de Tramadol IN. Um tempo depois, que não sei dizer o quanto, acordei novamente com muita dor ainda, e o médico prescreveu o Dimorfin, apaguei.
Quando acordei, lá pelas 13h me levaram pro apartamento onde finalmente revi meu companheiro inseparável, o meu marido. Foi um alívio. Eu só sentia sono e dor. Parecia que minha barriga ia explodir. Dormi mais um tempo. Veio um fisioterapeuta e disse que lá pras 15h eu teria que levantar e caminhar um pouco. Foi o pior de tudo: levantar. Parece que tem uma faca atravessando o tórax. Mas andei. Fui ao banheiro e a noite meu médico veio me ver. Ele disse que se meu quadro continuasse estável como havia se mantido, no final do dia seguinte eu teria alta.
Até que dormi bem após começar a correr o Dramin nas veias. Acordei cinco da manhã pra ir ao banheiro e meu escudeiro, como sempre, me levantou com todo o cuidado do mundo e me ajudou a ir até lá. Às 7h comecei a ingerir 50ml de água de coco divididos em 3 goles a cada 10 minutos, cada um. Pra quem já estava com os lábios rachando, foi uma maravilha. Passei o dia entre cochilos e caminhadas e tive alta no final da tarde.
Quando cheguei em casa, de tanto que se sacudiu o carro no caminho, eu estava completamente dolorida, muito inchada. Tomei meus golinhos até as 22h e dormi. e assim se encerrou meu segundo dia de operada.